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Mostrando postagens de janeiro, 2014

Rebeldia Reversa

Estamos ligados a tudo, a todos, e, a todo instante, em conexões cujo objetivo final é a sobrevivência. Daí se dizer que somos seres eminentemente sociais. Esta é a razão evolutiva para sermos assim. Estudos científicos apontam para a evidência de que há um programa que roda em nosso cérebro nos impelindo à interagir. Nunca antes foi tão necessário quanto agora tais ligações, haja vista estarmos vivendo um momento de reversão anômala de nossa natureza, sobretudo, na civilizações ocidentais onde o materialismo exacerba a importância do ego. Está idiossincrasia é no mínimo bizarra já que as organizações são criadas e controladas pelo homem com objetivos em comum para atender suas próprias necessidades e demandas, isto é, um meio para o fim e não o inverso. Estamos alimentando um paradigma "Frankenstein" que está se voltando contra nós. A muito já se observa o tecido social em farrapos contrariando nossa própria arquitetura neural.  Para o filósofo francês Émile

A Origem Do Assédio Moral

Entender o que é assédio moral é o primeiro passo que se dá para aprender a combatê-lo.  Por incrível que pareça isso não é coisa nova, mas acompanha o homem desde que decidiu se organizar em grupos sociais e trabalhar. Então, por que é um assunto tão desconhecido, ou melhor, somente agora decidiram discutí-lo? Na realidade tudo gira em torno de sua intensificação e banalização descaracterizando seus fatores como inerentes ao universo laboral. É como se tudo fizesse parte de um contexto que se deveria aceitar. Muitos imaginam que o termo deriva do meio jurídico, porém foi o resultado de estudos científicos, inéditos, até então, no âmbito da psicologia e os principais expoentes destas pesquisas foram Heiz Leymann, Marie-France Hirigoyen e Harald Hege, ou seja, simplesmente três dos principais precursores da tese do assédio moral. No Brasil temos a Dra Margarida Barreto que, de fato, contribuiu, e muito, para o início dos debates e reflexões sobre o tema à partir de 2000 atra

I Am Weasel

Dia desses fui ao Guarujá passar um fim de semana e ao voltar pra casa comecei a observar o comportamento das pessoas que de forma arrogante faziam no trânsito algo muito parecido com aqueles países onde dirigir se assemelha a um verdadeiro caos. Durante o passeio foi tocado num assunto sobre uma área de preservação ambiental que fora solapada pelos vereadores locais que possuíam informações e poder privilegiados para mudar as leis e, evidentemente, mudaram as diretrizes locais para, então, comprar os lotes e, isso, claro, na calada da noite. Aliás, o que falar de todo o lixo que é produzido pelo litoral brasileiro afora detonando todo o meio ambiente? Ao mesmo tempo que reparava nas enormes mansões não pude deixar de reparar que o serviço público por lá é precário e me perguntei sobre a dimensão e impacto da corrupção local sobre a vida dos munícipes que inertes aceitam isso passivamente. Por outro lado, tive que reconhecer que a submissão aos inescrupulosos e a adesão

Realidades

Como vemos o mundo, tem muito a ver com nossa capacidade de percepção, isto é, de como utilizamos os filtros mentais para chegar a alguma conclusão da realidade. Esses filtros mentais são como lentes que captarão as impressões que temos de tudo ao nosso redor. Eles são construídos pelos anos afora desde nosso nascimento. Sendo assim, preconceitos, pressuposições, ego, projeções, frustrações entram na construção destas habilidades que nos farão perceber o ambiente. E por aí já deu pra ver que dificilmente enxergamos o mundo como ele é de fato, mas conforme as interpretações que fazemos dele. Um chefe me disse uma vez: " quando eu vinha para falar com você já me armava de tanto que diziam a seu respeito". Não era uma conclusão dele. Era uma percepção terceirizada que bloqueava sua própria capacidade de me avaliar. Somente quando ele decidiu ver por si mesmo quem eu realmente era é que pode tecer suas próprias conclusões, incluindo qualidades e defeitos que possu